fevereiro 25, 2021

O mito da mamografia

Antes de tratar da mamografia, é importante perguntar: O que é o câncer, você sabe?

Câncer é o crescimento anormal de células danificadas que crescem descontroladamente e sem parar e não morrem. Sim, são células imortais. Mas como assim? Toda e qualquer célula é programada para morrer no devido tempo. Essa programação é chamada de apoptose. Quando uma célula perde a apoptose, ela não morre. Torna-se imortal. E essa célula anormal, então, cresce, cresce, cresce e se multiplica, formando um tumor.

Nosso sistema imunológico está preparado para identificar e destruir essas células. Porém quando está enfraquecido, ele deixa de identificar essas células ou simplesmente não dá conta delas.

Essas células anormais, descontroladas, invadem órgãos e podem se disseminar pelo organismo, produzindo, então, a metástase, que é a forma mais perigosa de manifestação do câncer. De cada dez pacientes de câncer que vêm a morrer, nove morrem em razão da metástase.

Sabendo, então, o que é o câncer, vamos nos concentrar no câncer de mama, em especial na prevenção.

A primeira instrução veiculada sobre a prevenção do câncer de mama é fazer a mamografia todos os anos, principalmente após os 40 anos. Em novembro de 2009, a Força-tarefa para Serviços Preventivos dos Estados Unidos chocou o mundo ao dizer que as mamografias regulares deveriam começar a partir dos 50 anos, e não dos 40, e que elas deveriam ser feitas a cada dois anos, e não anualmente, como pregado.

Mas e se eu lhe dissesse que a mamografia pode causar câncer? Quê? Como assim?

O caso é que a mamografia emite radiação, que é cancerígena. Além disso, por pressionar a mama na hora do exame, há um risco significativo de espremer e “explodir” o câncer fragilmente encapsulado, fazendo com que se espalhe. Portanto seus riscos são maiores que seus benefícios.

A essa altura você deve estar pensando: “Então o que devo fazer para me prevenir, se o próprio exame pode ser prejudicial?”

Há alternativas que podem oferecer um diagnóstico sem riscos e mais eficaz.

Mas antes de chegarmos lá, preciso dizer que NÃO estou sugerindo que você não faça a mamografia. Estou dizendo que ela não é garantia de descoberta de um câncer a tempo de ser tratado, que há riscos envolvidos no exame e há alternativas mais eficazes.

Vejamos quais são os “senões” da mamografia.

  • Para começar, ela emite radiação (como já dito) e a radiação é reconhecidamente um fator de risco de surgimento de um câncer. Portanto é uma tecnologia imperfeita.

  • Em segundo lugar, a mamografia só consegue detectar um câncer quando ele atinge um tamanho visível para ela.

  • Ela encontra tumores que estão se desenvolvendo muito lentamente, que não são prejudiciais ou não letais, levando a mulher a se submeter a tratamentos muito invasivos e que aumentam o risco de morte em tempo mais curto.

  • Cria um excesso de diagnósticos que levam a tratamentos quimioterápicos, radioterápicos ou cirúrgicos desnecessários.

  • Existem outras formas de diagnóstico que são mais eficientes, porque detectam um possível tumor em tamanho muito inferior ou ainda inexistente (mas com propensão a vir a se formar). O principal deles é a termografia.

O que é a termografia?

A termografia é um exame de imagem que utiliza sensores infravermelhos. A intenção é identificar as diferentes temperaturas dentro do corpo. Regiões afetadas por inflamações apresentam um aumento de calor. E a inflamação também está presente em células pré-cancerosas ou cancerosas. Portanto ao redor delas a temperatura é mais elevada.

O aspecto mais promissor da termografia é que ela detecta a possibilidade de um câncer vir a se formar, além de identificar minúsculos tumores que a mamografia não “enxerga”. E essa detecção pode ocorrer até 8 anos antes do surgimento do câncer. Com isso a mulher tem tempo suficiente para fazer os ajustes necessários em sua dieta, estilo de vida e em sua vida emocional de forma a impedir o surgimento do câncer ou tratar um tumor minúsculo sem precisar se submeter aos tratamentos tradicionais. (A propósito, a quimioterapia usa medicamentos que têm elementos químicos cancerígenos em suas fórmulas. E a radioterapia o que é senão radiação, comprovadamente produtora de câncer.)

E uma vantagem adicional é que, ao contrário da mamografia, a termografia é indolor.

Mas o ideal é que ela venha associada a outros exames preventivos, como a apalpação pela mulher e seu ginecologista e a ultrassonografia. Assim você cerca de todos os lados.

Se optar por fazer a termografia, procure especialistas que saibam fazer a leitura dos resultados. Você encontra locais habilitados a fazer o exame, no Brasil, Portugal e Argentina, no site da InfraRedMed.

Por último, lembre-se: quem decide é você. Se sentir-se mais segura com a mamografia, faça-a. Só que agora você estará tomando uma decisão consciente dos riscos e benefícios.

Referências:

CANCER CRACKDOWN. Dr. Majors on Mammograms. 5 out. 2015. Disponível em: http://cancercrackdown.org/dr-majors-on-mammograms/. Acesso em: 5 dez. 2015.

HUFFPOST HEALTHY LIVING. The best breast test: the promise of Thermography. 12 out. 2010. Disponível em: http://www.huffingtonpost.com/christiane-northrup/the-best-breast-test-the-_b_752503.html. Acesso em: 5 dez. 2015.

INFRAREDMED. Unidades credenciadas. s.d. Disponível em: http://infraredmed.com/unidades-credenciadas.html. Acesso em: 5 dez. 2015.

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